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Erva medicinal; infartos em alta; hepatite D; fumantes; saúde mental

O boletim de MONEY REPORT sobre medicina, inovação, negócios e políticas públicas
Uso de canabinoides se torna mais popular

As vendas de produtos à base de canabinoides cresceram 201% nas farmácias no primeiro semestre de 2023, em relação ao mesmo período do ano passado. O faturamento do setor no varejo expandiu de 31,7 milhões no primeiro trimestre do ano anterior para R$ 79,5 milhões no mesmo período deste ano, o que representa crescimento de 151%. Além disso, a importação desses produtos aumentou 93% nos últimos 12 meses. Esse crescimento é impulsionado por uma série de fatores, incluindo aumento da conscientização sobre os benefícios potenciais dos canabinoides à saúde, modernização da regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e maior disponibilidade. Os dados foram divulgados nesta semana pela Associação Brasileira da Indústria de Canabinoides (Abicann).

Para que servem os medicamento baseados em maconha

Segundo estudos científicos, a cannabis tem utilidade médica para tratar diversas doenças, entre elas, neurológicas, e não há relatos de dependência. No entanto, o uso não é livre no Brasil e para ter acesso é preciso que um médico faça a prescrição. Até 2015, a venda de algum produto com canabidiol, substância derivada da cannabis, era proibida. Mas a partir daí, a Anvisa passou a colocar o canabidiol na lista de substâncias controlada. Isso significa que empresas interessadas em produzir ou vender derivados precisam obter um registro na Anvisa e que pacientes precisam de receita médica.

Há três formas de acesso: em farmácias, por meio de associações ou por importação. Ainda não existe uma política de fornecimento gratuito de produtos à base de canabidiol por meio do Sistema Único da Saúde (SUS). Todavia, projetos em tramitação no Congresso Nacional tentam garantir o acesso ao SUS para pacientes que precisam dessas terapias.

Casos de infarto aumentam 23% em 6 anos

Dados do SUS mostram nos últimos seis anos um crescimento de 25% nas internações provocadas por infarto no Brasil, de 81.505 casos em 2016 para mais de 100 mil, em 2022. Para o cardiologista Roberto Botelho, da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI), o problema possui detalhes sociais. “Um estudo em 60 países mostrou que quanto menor a renda per capita e o nível educacional, piores são os indicadores de saúde cardiovascular, mortalidade por infarto e hipertensão. Por isso fica quase que automático supor – e dados mostraram isso – que a saúde cardiovascular do brasileiro vai mal e vem piorando”, afirma.

Fiocruz Rondônia cria método para detectar hepatite D

Pesquisadores da unidade de Rondônia da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) desenvolveram uma nova forma de detectar a hepatite D, a hepatite Delta. O método molecular permite quantificar a carga viral presente no organismo do paciente. Embora tenha sido desenvolvido para fins de pesquisa, a expectativa é que futuramente o teste possa ser incorporado ao conjunto de exames oferecidos pelo SUS. Estiveram envolvidos 16 pesquisadores da Fiocruz, da Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre), do Centro de Infectologia Charles Mérieux e da Universidade Federal do Acre (UFAC). Os resultados constam em um artigo científico publicado na revista Nature.

O que MONEY REPORT publicou

Pesquisadores defendem vigilância mundial contra arboviroses
Soltura de mosquitos Aedes aegypti portadores da bactéria wolbachia na comunidade Tubiacanga, na Ilha do Governador, desenvolvidos em laboratório da Fiocruz pelo programa Eliminar a Dengue

Preocupados com a possibilidade de aumento de casos de arboviroses, como dengue, zika e chikungunya no próximo verão, pesquisadores da Fiocruz e de instituições de outros 53 países assinaram uma carta pedindo a criação de uma “vigilância genômica mundial para esses vírus endêmicos de alto impacto”. A proposta do grupo é que sejam utilizados o modelo e a infraestrutura de monitoramento implementados para o coronavírus causador da pandemia de covid-19.

Segundo o pesquisador Felipe Naveca, da Fiocruz Amazônia, e um dos autores do estudo, o Brasil é um dos países com o maior número de casos de dengue, seguido por nações asiáticas. Por isso, esses vírus deveriam ser os primeiros a ter o monitoramento reforçado. “Este ano temos o fenômeno do El Niño previsto, então podemos esperar aumento de casos para o início do ano que vem, pois os fatores ambientais podem aumentar os vetores [animais transmissores, como mosquitos]”. Assinada por 74 pesquisadores, a carta foi publicada na edição desta semana da revista científica The Lancet Global Health.

Mundo perdeu 300 milhões de fumantes em 15 anos

A Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou, na segunda-feira (31), um relatório sobre a epidemia de tabaco: 5,6 bilhões de pessoas (ou 71% da população mundial) estão protegidos por algum tipo de medida de controle. O número é cinco vezes maior do que o registrado em 2007. A organização diz que a implementação de políticas específicas levou o mundo a ter 300 milhões de fumantes a menos nos últimos 15 anos. O relatório destaca que as Ilhas Maurício, na África, e os Países Baixos, na Europa, se juntaram ao Brasil e à Turquia como exemplos internacionais.

Apenas 5% dos brasileiros fazem terapia, enquanto 16% usam medicamentos

O Brasil é o país com maior proporção de ansiosos no mundo e o segundo das Américas com maior prevalência de depressão. No entanto, apenas 5,1% dos brasileiros tratam do problema com psicoterapia, enquanto 16,6% fazem uso de medicamentos contínuos para problemas emocionais, comportamentais ou relacionados ao uso de substâncias. A pesquisa do Instituto Cactus destaca a desequilíbrio considerável entre a adesão à psicoterapia e aos medicamentos de uso contínuos. O estudo sugere que seria preciso melhorar o acesso à psicoterapia como terapia primária para lidar com questões de saúde mental.  

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