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Lepra e os esquilos; sequelas pulmonares; combate ao HPV

Boletim de MR sobre medicina, inovação, saúde mental, negócios e políticas públicas

A conexão entre esquilos e lepra na Idade Média

Pesquisadores da Universidade de Leicester concluíram que a lepra passou entre humanos e esquilos vermelhos na Inglaterra medieval. Segundo a pesquisa, o comércio de peles poderia ter desempenhado um papel na propagação da doença. A hanseníase é uma das doenças infecciosas mais antigas registradas em humanos e é tipicamente causada pela bactéria Mycobacterium leprae. Embora a maioria dos casos ocorra agora no Sudeste Asiático e possa ser tratada com antibióticos, a lepra era comum na Inglaterra medieval e causava doenças e desfiguração tanto em pessoas ricas como em pobres.

Rastreamento da próstata pode salvar homens do câncer

Um estudo científico que rastreia a próstata promete reduzir as mortes por câncer em até 40%. Os métodos utilizados em homens serão testados numa tentativa de salvar milhares de vidas no Reino Unido, naquele que foi aclamado como um “momento crucial” pelos cientistas. O projeto de 42 milhões de libras, conhecido como Transform, irá comparar vários métodos de rastreio com os actuais processos de diagnóstico do NHS, que podem incluir análises ao sangue, exames físicos e biópsias. Ensaios anteriores que utilizaram exames de sangue e biópsias do antígeno específico da próstata (PSA) para rastrear a doença mostraram que o método evitou entre 8% e 20% das mortes, dependendo da regularidade do rastreamento, de acordo com a Prostate Cancer UK, que está financiando o projeto.

Sequelas pulmonares pós-covid podem progredir

A Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou o fim da emergência sanitária da covid, porém, segundo pesquisa conduzida pela Universidade de São Paulo (USP) e publicada na revista científica The Lancet, cerca de 90% das pessoas que foram infectadas pelo vírus correm o risco de desenvolver problemas pulmonares associados à doença mesmo após anos da alta hospitalar.

O estudo, realizado com 237 pacientes que estiveram internados no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) em São Paulo, revelou que 92,4% deles apresentaram algum tipo de comprometimento respiratório após terem se recuperado da doença. Isso inclui casos graves, como sinais de inflamação pulmonar e o desenvolvimento de fibrose. A análise foi feita de 18 a 24 meses após a alta hospitalar dos pacientes diagnosticados com covid.

O que MR publicou

Brasil vai ampliar uso da bactéria wolbachia no combate à dengue

Seis municípios devem receber em julho as primeiras solturas de mosquitos Aedes aegypti infectados com a bactéria wolbachia: Uberlândia em Minas Gerais; Londrina e Foz do Iguaçu, no Paraná; Presidente Prudente, em São Paulo, Joinville, em Santa Catarina; e Natal, capital do Rio Grande do Norte. No ano que vem, a estratégia será adotada em mais 22 municípios de Minas Gerais.  Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil é o primeiro país a incorporar a tecnologia como política pública para reduzir os casos de dengue a médio e longo prazo.

O chamado método Wolbachia consiste em inserir a bactéria em ovos do mosquito em laboratório e criar Aedes aegypti que portam o microrganismo. Infectados, eles não são capazes de carregar os vírus que causam dengue, zika, chikungunya ou febre amarela e, quando se reproduzem, os mosquitos passam a bactéria para outros, fazendo com que menos insetos possam transmitir doenças para os seres humanos.

Anvisa aprova atualização da vacina contra a Covid

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a atualização da Vacina Covid-19 recombinante (Covovax), baseada numa tecnologia que não utiliza o método m-RNA. A atualização consiste na cepa para a produção do antígeno da proteína S (spike) do vírus Sars-Cov-2, seguindo a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a cepa vigente XBB.1.5, atualmente em circulação.

Sendo uma tecnologia mais tradicional, que não utiliza o método m-RNA, permite disponibilizar à população uma alternativa às opções de vacinas m-RNA existentes. Além de estar atualizada para a cepa vigente XBB.1.5, tem logística mais simples na distribuição e será comercializada no Brasil a partir de um acordo entre a Zalika Farmacêutica, Grupo FQM Farmoquímica e Serum Institute.

SP amplia vacinação contra HPV

A capital paulista estendeu a vacinação contra o HPV para adolescentes e jovens entre 15 e 19 anos. O imunizante continua a ser aplicado na faixa etária para a qual é originalmente indicado, dos 9 aos 14 anos. A vacina contra o HPV protege contra os quatro tipos do papilomavírus humano responsáveis pela maior parte dos casos de câncer de colo de útero, um dos mais comuns entre as mulheres, além de outros cânceres e verrugas genitais.

A cidade de São Paulo adotou a vacina contra HPV há 10 anos e já aplicou mais de dois milhões de doses, segundo dados do município. A cobertura na faixa etária dos 9 aos 14 anos está em 72,41% para as meninas e 43,37% para meninos. A meta estabelecida pelo Ministério da Saúde é de 80%.

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