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Óculos de ouvir; Ozempic malhado; deprê domingueira

Boletim de MR sobre medicina, pesquisa, inovação, saúde mental, negócios e políticas públicas

O que são os óculos para surdez

Em vez de implantes auditivos subcutâneos ou aparelhos de surdez visíveis instalados atrás das orelhas, um óculos capaz de amplificar os sons é a novidade tecnológica aprovada pela Food and Drug Administration (FDA), a Anvisa dos EUA. O Nuance Audio foi desenvolvido pela franco-italiana EssilorLuxottica e é indicado para a adultos com perda auditiva leve ou moderada. Chamado de óculos inteligente, possui amplificadores de som embutidos na estrutura da armação. O som ambiente é captado por microfones direcionados para o raio de visão do usuário, o que melhora a recepção, aliviando interferências do ao redor. O dispositivo começará a ser comercializada nos EUA e União Europeia no segundo semestre. Não há previsão de lançamento no Brasil, já que não houve pedido de aprovação local.

Ciência prova que domingo é o dia mais difícil

Um estudo liderado pelo University College London (UCL), divulgado no periódico BMJ Mental Health, mostra que a saúde mental tende a variar durante a semana, ficando mais instável aos sábados e domingos. O estado de ânimo também varia ao longo dia, começando melhor pela manhã e decaindo até o pior momento, por volta da meia-noite. Na Inglaterra, onde o clima é mais severo, as estações do ano também influenciaram nos resultados.

O trabalho mostrou que as pessoas geralmente pioram mais seu humor nas noites de domingo. Em contraste, a felicidade, a satisfação com a vida e as avaliações positivas foram maiores nas segundas, terças e sextas. Não foi determinado se a solidão de alguns afetaria essas sensações durante a semana. As causas precisam ser determinadas, já que o levantamento foi apenas observacional.

A saúde mental se mostrou melhor no verão, ainda que as estações do ano não tenham afetado as associações com os dias. Nos meses mais quentes as pessoas tenderam a ter níveis mais baixos de ansiedade e de solidão, sentindo que a existência valeria mais que nas outras três estações.

O principal suspeito dessas variações é o cortisol, hormônio que regula humor, motivação e medo. A presença da substância é maior ao acordar, caindo para os níveis mais baixos na hora de dormir. Foram analisados mais de 1 milhão de respostas de 49.218 adultos a partir do Estudo Social Covid-19, da UCl, realizado entre março de 2020 e março de 2022 (na média, cada participante foi observado 18,5 vezes).

O que MR publicou

Ozempic manipulado é risco à saúde

A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) e a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso) divulgaram nota nesta quarta (5) alertando sobre os “graves riscos” associados ao uso de medicamentos injetáveis de origem alternativa ou manipulada para tratar obesidade e diabetes.

Os medicamentos em questão, de acordo com as entidades, são análogos do GLP-1 e GIP, incluindo a semaglutida (Ozempic e Wegovy, da farmacêutica Novo Nordisk) e a tirzepatida (Mounjaro e Zepbound, do laboratório Eli Lilly), aprovados por agências reguladoras como a brasileira Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a norte-americana Food and Drug Administration (FDA, na sigla em inglês).

“Medicamentos biológicos, como a semaglutida e a tirzepatida, exigem processos rigorosos de fabricação para assegurar que o organismo utilize e metabolize a substância de forma eficaz e segura. Essas moléculas são administradas por injeções subcutâneas, o que demanda padrões rigorosos de esterilidade e estabilidade térmica”, destacou a nota.

O uso de versões alternativas ou manipuladas, segundo as entidades, figura como “prática crescente, preocupante e perigosa” e carece de bases científicas e regulatórias que garantam eficácia, segurança, pureza e estabilidade do produto, “expondo os usuários a sérios riscos à saúde, pois não passam pelos testes de bioequivalência necessários, tornando impossível prever seus efeitos no corpo humano”.

Ainda de acordo com as entidades, a comercialização direta dessas medicações alternativas ou manipuladas por profissionais de saúde em consultórios configura prática contrária ao Código de Ética Médica, “ferindo a confiança da relação médico-paciente”. “Versões vendidas em sites, redes sociais ou por WhatsApp também aumentam o risco de adulteração, contaminação e ineficácia por desestabilização térmica”.

As recomendações

  • Que profissionais de saúde não prescrevam semaglutida ou tirzepatida alternativas ou manipuladas. “Apenas utilizem medicamentos aprovados por agências reguladoras, com fabricação industrial certificada e vendidos em farmácias”;
  • Que pacientes rejeitem tratamentos que incluam versões alternativas ou manipuladas dessas moléculas – incluindo vendas diretas em sites, aplicativos ou em consultórios – e busquem alternativas aprovadas pela Anvisa;
  • Que órgãos reguladores e fiscalizadores, em especial a Anvisa e os conselhos de medicina, intensifiquem ações de fiscalização sobre todas as empresas e pessoas envolvidas na prática.

52,2 milhões de brasileiros têm planos de saúde

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou, na quarta (5), que em dezembro o setor somava 52.210.290 usuários de planos de assistência médica e 34.466.532 nos planos exclusivamente odontológicos. Os números mostram que cada segmento alcançou novo recorde de beneficiários. Em 1 ano, os planos médico-hospitalares apresentaram crescimento de 862.771 beneficiários, em relação a dezembro de 2023. No comparativo de dezembro de 2024 com novembro anterior, o crescimento foi de 156.217 usuários. Nos planos exclusivamente odontológicos, somaram-se 2.065.209 beneficiários nos 12 meses e 178.642 na comparação de dezembro de 2024 com novembro do mesmo ano.

Segundo a ANS, em relação aos dados por estado, no comparativo com dezembro de 2023, o setor registrou aumento de beneficiários em planos de assistência médica em 24 unidades federativas, sendo São Paulo, Minas Gerais e Amazonas os que tiveram o maior ganho de beneficiários em números absolutos. Entre os odontológicos, São Paulo, Minas Gerais e Paraná foram os estados com maior crescimento em números absolutos.

Quanto à faixa etária, observa-se que de 45 anos a 49 anos foi a que apresentou o crescimento mais expressivo na assistência médica, com 240.336 novos beneficiários, nos últimos 12 meses, seguido pela faixa etária de 50 anos a 54 anos, com 125.734 novos beneficiários, nos últimos 12 meses. 

As faixas etárias que tiveram maior crescimento nos planos odontológicos foram 45 anos a 49 anos, com 248.771 novos usuários, nos últimos 12 meses, e 70 anos a 74 anos, com 193.557 novos beneficiários, nos últimos 12 meses.

De acordo com o Censo 2022, do IBGE, observa-se que o crescimento de beneficiários na saúde suplementar supera o crescimento populacional. A taxa de crescimento 2010/2022 de beneficiários foi de 12% enquanto a população brasileira cresceu 6,5%, no mesmo período. 

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