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Odor da fertilidade; bloqueio do HIV; perigo do vírus Nipah

Boletim de MR sobre medicina, pesquisa, inovação, saúde mental, negócios e políticas públicas

Ciência derruba mito do odor de mulheres férteis

A crença de que os homens são mais atraídos pelo cheiro de uma mulher quando ela está mais fértil pode não ser verdade. É o que aponta um estudo os pesquisadores da Universidade de Leipzig, na Alemanha. Nas últimas décadas, pesquisas mostraram casos de que o odor corporal feminino muda ao longo do ciclo menstrual, permitindo que machos perceptivos — pelo menos em teoria — percebam quando o acasalamento tem mais probabilidade de resultar em gravidez. Agora, pesquisadores alemães que fizeram homens cheirarem o odor corporal de mulheres não encontraram nenhuma evidência convincente de que ele era mais atraente quando as elas estavam mais férteis. Além disso, eles não observaram variações na composição química do odor ligadas ao pico de fertilidade. O estudo foi publicado no jornal The Guardian.

Duas doses anuais de lenacapavir bloqueiam HIV

Um remédio antiviral comprovou eficácia total para prevenir o HIV com duas aplicações por ano. O Lenacapavir é injetável, já usado na Europa e nos Estados Unidos em pessoas já infectadas com HIV. O novo estudo aponta que o uso para prevenir a infecção trouxe resultados impressionantes ao bloquear a reprodução do vírus. Os dados foram publicados na New England Journal of Medicine. A pesquisa envolveu mais de 5 mil mulheres e adolescentes em Uganda e na África do Sul. O grupo que recebeu duas injeções anuais de Lenacapavir não registrou nenhuma infecção por HIV. O medicamento demonstrou, nesse estudo, eficácia de 100%.

Brasileira presidirá sociedade internacional de aids

A infectologista e pesquisadora brasileira Beatriz Grinsztejn será a primeira mulher latino-americana a exercer a presidência da International Aids Society (IAS), organismo internacional que reúne profissionais que trabalham com a doença. Ela tomou posse para o biênio 2024-2026 nesta sexta-feira (26), no encerramento da 25ª Conferência Internacional sobre Aids, em Munique, na Alemanha. Beatriz, que é pesquisadora do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), pretende levar à sociedade internacional as experiências positivas do Brasil no tratamento e prevenção do HIV. Segundo ela, o país é referência no tema e tem um programa “espetacular” que propicia acesso universal e gratuito aos cidadãos brasileiros, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

Fosfoetanolamina não combate o câncer

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou uma nota – em tom de alerta – na qual informa que, ao contrário do que algumas propagandas irregulares e enganosas difundidas em redes sociais dizem, a substância fosfoetanolamina não combate o câncer ou qualquer doença, nem possui propriedades funcionais ou de saúde. Além disso, segundo a agência, a substância não possui autorização ou registro para uso como suplemento alimentar ou medicamento no Brasil, informou a Anvisa ao complementar que a venda da fosfoetanolamina só poderia ocorrer com a devida aprovação.

O que MR publicou

Cresce atendimento de planos a transtorno do neurodesenvolvimento

Análise sobre os atendimentos a clientes de planos de saúde, realizada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), entre 2019 e 2023, registrou um aumento de clientes da faixa etária até 15 anos atendidos por terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, psicólogos e fisioterapeutas. Também cresceram os procedimentos e as despesas com os atendimentos nessas quatro categorias. Em 2023, 9,41% do total de beneficiários dessa faixa etária tiveram ao menos um dos atendimentos objeto do estudo. Em 2019, eram 5,24%. Essa parcela dos clientes representa cerca de 20% de todos os beneficiários do setor. A análise da ANS avaliou a evolução de tratamentos continuados, que em geral são indicados para pacientes com algum tipo de transtorno do neurodesenvolvimento. Os dados são relativos às consultas e sessões com terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, psicólogos e fisioterapeutas.

O que é o nipah vírus

Um adolescente de 14 anos morreu na Índia depois de ter sido infectado pelo vírus Nipah, um vírus mortal que ataca o cérebro. A vítima faleceu apenas um dia após ter contato com a doença, segundo as autoridades locais. A doença está na lista da OMS de patógenos com potencial epidêmico. O vírus Nipah é classificado como prioritário pela Organização Mundial da Saúde (OMS) devido ao seu potencial de desencadear uma epidemia. Não há vacina para prevenir a infecção e nenhum tratamento para curá-la. A morte aconteceu no domingo (21) no estado de Kerala e, segundo as agências internacionais, o ministro da saúde local informou que acompanha mais de 200 pessoas que tiveram contato com o menino. Da lista, 60 pessoas estão na lista de alto risco.

Uma em cada 11 pessoas pode ter passado fome em 2023

Uma em cada 11 pessoas pode ter passado fome no mundo em 2023, segundo relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Há uma prevalência global de subnutrição em nível semelhante por três anos consecutivos depois de ter aumentado acentuadamente após a pandemia. O documento afirma que o mundo está longe de alcançar o objetivo de desenvolvimento sustentável (ODS-2) de erradicar a fome até 2030. “Entre 713 e 757 milhões de pessoas podem ter enfrentado a fome em 2023 – uma em cada 11 pessoas no mundo, e uma em cada cinco em África”. São diferentes motivos que impactam os povos em maior vulnerabilidade, como conflitos, mudanças climáticas, desacelerações econômicas e as recessões. No ano passado, a estimativa era que 28,9% da população mundial (ou 2,33 bilhões de pessoas) estava em moderada ou grave insegurança alimentar.

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