Boletim de MR sobre medicina, inovação, saúde mental, negócios e políticas públicas
As diferenças entre autismo e TDAH
O autismo, ou transtorno do espectro autista (TEA), e o TDAH, ou transtorno de déficit de atenção com hiperatividade, são condições complicadoras da vida social e do desenvolvimento de difícil diagnóstico e que exigem acompanhamento de especialistas, pois podem variar significativamente em termos de sintomas e severidade entre indivíduos. Os diagnósticos são baseados em critérios clínicos e os tratamentos e apoios requerem abordagem multidisciplinares.
Pediatra com especialização em autismo, saúde mental e neurodesenvolvimento, Gesika Amorim apresenta como identificar os quadros gerais:
Manifestações
– Autismo: dificuldade de comunicação e interação social associadas a comportamentos repetitivos e padrões restritivos de interesse.
– TDAH: dificuldades comportamentais, impulsividade e hiperatividade.
Idades em que surgem
– Autismo: geralmente nos dois primeiros anos de vida.
– TDAH: pode ser percebido desde a primeira infância.
Atenção
É possível desenvolver simultaneamente autismo, TDAH e outros problemas.
- Ansiedade: autistas frequentemente apresentam transtornos de ansiedade.
- Depressão: autistas também podem enfrentar episódios depressivos.
- TOC: Algumas pessoas com autismo podem apresentar comportamentos repetitivos ou rituais contínuos característicos do transtorno obsessivo-compulsivo.
“É importante reconhecer essas comorbidades para adaptar estratégias de tratamento e melhorar a qualidade de vida das pessoas com autismo”, afirma Gesika Amorim.
Esclerose múltipla pode ser detectada precocemente por exame de sangue
Cientistas da Universidade da Califórnia em São Francisco fizeram uma descoberta que pode tornar o tratamento para esclerose múltipla mais rápido e eficaz. As pessoas com essa condição produzem um conjunto de anticorpos que pode ser detectado no sangue antes mesmo dos primeiros sinais da doença.A expectativa é que um simples exame possa detectar a esclerose múltipla precocemente, dando vantagem no início de terapias. O estudo foi publicado na Nature Medicine.
FDA aprova medicamento contra esteatose hepática
A FDA, agência que regula medicamentos nos EUA, aprovou na quinta-feira (14) o primeiro medicamento para um tipo grave de doença hepática gordurosa não alcoólica. O resmetirom, da Madrigal Pharmaceuticals, melhora as cicatrizes do fígado de pessoas com esteatohepatite não alcoólica (EHNA) , a pior forma da doença causada pelo acúmulo de gordura no fígado.
O que MR publicou
- Biomm traz similar do Ozempic para o mercado brasileiro
- Justiça suspende discriminação do CFM contra pós-graduados
- MGI abre centro genômico em São Paulo
Reino Unido vai criminalizar venda de tabaco para nascidos após 2009
O Ministério da Saúde ampliou o uso de testes para diagnóstico do vírus Linfotrópico de Células T Humanas (HTLV) na rede pública. A tecnologia, a partir de agora, passa a ser utilizada também em gestantes, durante o pré-natal. A incorporação do teste para gestantes foi recomendada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec). A proposta é reduzir a transmissão vertical (de mãe para filho) do vírus durante a amamentação.
Demência: especialistas pedem para médicos reduzirem prescrição de antipsicóticos
Médicos estão sendo aconselhados a reduzir a prescrição de medicamentos antipsicóticos para pacientes com demência, após o maior estudo do tipo revelar que eles estão ligados a efeitos colaterais mais prejudiciais do que se pensava anteriormente. Os medicamentos potentes são amplamente prescritos para sintomas comportamentais e psicológicos da demência, como apatia, depressão, agressividade, ansiedade, irritabilidade, delirium e psicose. O uso de antipsicóticos em pacientes com demência foi associado a um risco elevado de uma ampla gama de efeitos colaterais graves, incluindo AVC, coágulos sanguíneos, ataque cardíaco, insuficiência cardíaca, fraturas, pneumonia e lesão renal aguda, relataram os autores do estudo. Os resultados foram publicados no periódico científico BMJ.
Teste para HTLV passa a ser indicado para gestantes durante pré-natal
O Ministério da Saúde ampliou o uso de testes para diagnóstico do vírus Linfotrópico de Células T Humanas (HTLV) na rede pública. A tecnologia, a partir de agora, passa a ser utilizada também em gestantes, durante o pré-natal.A incorporação do teste para gestantes foi recomendada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec). A proposta é reduzir a transmissão vertical (de mãe para filho) do vírus durante a amamentação.