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De novo: vacina não muda DNA e nem causa câncer

Vídeo manipulado do médico Drauzio Varella sobre vacina contra dengue é usado para disseminar desinformação

Certas questões não saem de moda pelos motivos errados. Circula nas redes sociais um vídeo que mostra o médico Drauzio Varella falando sobre a vacina contra a dengue. A legenda do post afirma que o imunizante seria capaz de alterar o DNA dos vacinados e causaria câncer, além de conter um veneno chamado OGM.

A informação é completamente falsa. A vacina contra a dengue não é capaz de alterar o DNA dos imunizados e não tem no câncer um de seus efeitos adversos de médio ou longo prazo. Com sua segurança comprovada por órgãos nacionais e internacionais, o imunizante usa, sim, uma tecnologia que modifica genes, mas os do vírus. Muito mais complexo, o DNA humano fica na mesma..

Já o OGM nunca foi veneno. É apenas a sigla para organismos geneticamente modificados. Ou seja, como plantas transgênicas, como a soja exportada. Só que nem todos os OGM são transgênicos. Alguns apenas realçam características específicas de um organismo, como a resistência ao calor ou estiagem em algumas plantas. Alterar o DNA humano é crime e exigiria tecnologias muito mais complexas.

O post desinformativo usa trechos de um vídeo publicado no canal de YouTube de Varella em que o médico fala sobre a Qdenga, a vacina japonesa contra a dengue que começa a ser aplicada na rede pública brasileira. No entanto, as barbaridades maliciosas não constam no original.

No vídeo original, Drauzio diz que:

  • A vacina tem condição de fazer a prevenção contra a dengue;
  • Pode proteger contra os quatro sorotipos da doença;
  • É importante que as pessoas se vacinem;
  • Com seis milhões de doses é possível proteger 3 milhões de pessoas;
  • A vacina pode ser aplicada em gente dos 4 anos aos 60;
  • Um grande esforço internacional permitiu que se obtivesse uma vacina que vem sendo pesquisada há anos;
  • O imunizante foi testado, é seguro e deve ser empregado em larga escala assim que possível.



Questionada sobre as alegações contidas na mensagem viral, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) assegura que “a vacina contra dengue, assim como todas as vacinas aprovadas no Brasil, cumpriu com todos os requisitos para demonstração de eficácias, segurança e qualidade.”

Na bula, o câncer não é listado entre as reações adversas causadas pela vacina. Segundo a farmacêutica, durante os estudos clínicos as reações relatadas com maior frequência entre ios participantes dos 4 anos a 60 foram dor no local da injeção (50%), dor de cabeça (35%), dor muscular (31%), vermelhidão local (27%), mal-estar (24%), cansaço (20%) e febre (11%). As reações geralmente ocorreram dois dias após a injeção e foram de gravidade leve a moderada e com duração de até três dias.

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