O levantamento abrangeu 91 hospitais privados no estado de São Paulo, entre os dias 29 de janeiro e 7 de fevereiro
Pesquisa conduzida pelo SindHosp (Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo) revelou um expressivo aumento de 80% nas internações por dengue em hospitais privados paulistas. Os dados, divulgados nesta sexta-feira (9), destacam uma preocupante tendência que tem sido observada nos últimos dias.
O levantamento abrangeu 91 hospitais privados no estado de São Paulo, entre os dias 29 de janeiro e 7 de fevereiro. A faixa etária mais afetada entre os pacientes hospitalizados com dengue está entre 30 e 50 anos.
Nos pronto-atendimentos, onde são atendidos casos de urgência e emergência, 89% dos serviços de saúde reportaram um aumento no número de pacientes com suspeita de dengue nos últimos 15 dias. Além disso, houve um crescimento significativo de testes positivos para a doença, com variação entre 6% e 70%.
Quanto às internações, a maioria dos casos se concentra em leitos clínicos, conforme indicado por 51% dos hospitais consultados. No entanto, 89% dos hospitais não relataram aumento nas internações em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) devido à dengue. Em 11% dos estabelecimentos, o aumento de internações em UTI foi de até 5%. O tempo médio de internação dos pacientes em UTI foi de quatro dias.
“O surto cresce rapidamente e o único controle mais efetivo é o aumento das ações das autoridades sanitárias para orientar a população no controle da proliferação do mosquito transmissor e ações diretas de combate ao mosquito”, afirmou o médico Francisco Balestrin, presidente do SindHosp.
O estudo também acompanhou a situação da covid-19 nos hospitais paulistas. Seis em cada dez serviços de saúde relataram um aumento de até 5% nos casos de covid-19 atendidos nos pronto-atendimentos. O aumento das internações clínicas pela doença também foi significativo, mantendo-se no mesmo patamar de 5%. Para 84% dos hospitais, o tempo médio de internação em leitos foi de cinco a dez dias.
